quinta-feira, 21 de julho de 2011

O porco-chauvinista - Parte 2

Continuação...

3.  O porco chauvinista como herói

Deve-se considerar, em alguns detalhes, os dois erros atrozes cometidos pelos adeptos do movimento de liberação da mulher.  É pelo seu bom senso ao se opor a esses programas que o porco-chauvinista pode ser considerado um herói. 
Leis que estabelecem "salários iguais para trabalhos iguais".  A questão aqui é, naturalmente, como definir "trabalhos iguais", se isso é tomado literalmente e abrangendo todos os aspectos da produtividade do empregado, tanto a curto quanto a médio prazos, inclusive os diferenciais psíquicos, a discriminação pelos clientes e pelos outros trabalhadores, a habilidade do empregado de entrosar-se com os gostos, não gostos e idiossincrasias do empresário.  Em resumo, todos esses componentes devem ser pesados, se trabalho igual significa, para o empresário, exatamente o mesmo que lucratividade igual.  Só então, no livre mercado, trabalhadores com essas mesmas habilidades tendem a ganhar salários iguais.  Se, por exemplo, as mulheres ganhassem menos do que os homens, mesmo sendo trabalhadoras tão boas quanto eles, nesse sentido, entrariam em cena forças que, ao levarem a situação a um desfecho, assegurariam o pagamento igual.  Como? O empregador poderia ganhar mais dinheiro substituindo funcionários por funcionárias.  A demanda por trabalhadores homens diminuiria, baixando, assim, os salários dos homens; e cresceria a demanda por trabalhadoras mulheres, elevando os salários das mulheres.  Cada empresário que substituísse um homem por uma mulher teria uma vantagem competitiva sobre o que se recusasse a fazê-lo.  Os empregadores maximizadores de lucros teriam lucros continuamente maiores do que os empregadores discriminadores.  Os maximizadores de lucros teriam condições de vender mais barato do que os discriminadores e, sem a concorrência de qualquer outro fator, eventualmente levá-los à falência. 
Na pura realidade, entretanto, os proponentes de salários iguais para trabalhos iguais não têm em mente esse tipo estrito de igualdade.  Sua definição de "igualdade" são os mesmos anos de escola, habilidades equivalentes, escolaridades equivalentes e, talvez, resultados similares em testes de aptidão.  No entanto, indivíduos virtualmente idênticos, no que se refere a esses critérios, podem ter capacidades extremamente diferentes de gerar lucros para os empregadores.  Por exemplo: consideremos dois trabalhadores, um homem e uma mulher, idênticos no que toca a resultados de testes e nível de escolaridade.  É fato incontestável que, em caso de gravidez, o mais provável, de longe, é que a mulher fique em casa e crie o filho.  Considerar se esse costume é ou não justo, não é relevante.  Relevante é o que efetivamente acontece.  Se a mulher fica em casa, interrompendo uma carreira ou um emprego, ela passa a valer menos para o empregador.  Neste caso, embora os candidatos homem e mulher estejam identicamente qualificados para o cargo, a longo prazo o homem será mais produtivo do que a mulher e, portanto, mais valioso para o empregador. 
Paradoxalmente, muitas peças de evidência indicando que homens e mulheres não são igualmente produtivos surgem do próprio movimento de liberação da mulher.  Há vários estudos em que homens e mulheres foram testados, primeiro em grupos isolados uns dos outros e então juntos, competindo um com o outro.  Em alguns casos, quando os grupos eram testados isoladamente, as mulheres demonstravam claramente que tinham habilidades inatas maiores do que os homens.  Ainda assim, quando os dois grupos eram testados em competição, os homens invariavelmente obtinham melhores escores do que as mulheres.  Deve-se enfatizar, novamente, que a preocupação aqui não é com a equidade dessas ocorrências, e sim com os efeitos.  A questão é que, no mundo do trabalho, as mulheres frequentemente se encontram em situação de competição com os homens.  Se elas se submetem constantemente aos homens e não conseguem dar o máximo de si ao competir com eles, são, na verdade, menos úteis ao empresário, para a obtenção de lucro.  Se a mulher é igual ao homem nos resultados dos testes e inferior a ele na maximização de lucros, então a lei de salários iguais por trabalhos iguais se mostra desastrosa para as mulheres. 
Isso é calamitoso, porque os incentivos à maximização de lucros são revertidos.  Em vez de o mercado dar um forte impulso à contratação de mulheres e dispensa de homens, os empregadores estarão motivados a demitir mulheres e contratar homens para seu lugar.  Se eles forem forçados a pagar o mesmo salário a homens e mulheres, muito embora não sejam igualmente produtivos, o aumento dos lucros se dará na medida em que os trabalhadores homens substituam as mulheres.  Os empregadores inclinados a adotar o ponto de vista feminista, insistindo em manter trabalhadoras mulheres, terão seus lucros reduzidos e perderão sua fatia de mercado.  Os empregadores que prosperarão, serão os que não empregarem mulheres. 
Devemos destacar que a tendência de mulheres que sejam realmente iguais aos homens em produtividade, receberem salários iguais só existe no livre mercado regido por lucros e perdas.  Somente na livre iniciativa há incentivos financeiros para contratar mulheres altamente produtivas e desvalorizadas, para "tirar vantagem" de sua condição e, com isso, aumentar seus salários. 
No governo e nos setores sem fins lucrativos, esses incentivos orientados para o lucro estão, por definição, ausentes.  Não é nem um pouco por acaso, então, que virtualmente todos os abusos reais das mulheres nesse sentido tenham lugar no governo e nas áreas sem fins lucrativos, como escolas, universidades, bibliotecas, fundações, serviço social e serviços públicos.  Há poucas alegações de salários mais baixos para mulheres em campos da iniciativa privada como informática, propaganda ou mídia. 

4.  Leis que obrigam à não discriminação

O McSorley's é um bar na cidade de Nova Iorque que admitia exclusivamente homens, até que foi "liberado".  Sob a bandeira da nova lei contra a discriminação no estado de Nova Iorque, pela primeira vez na história do estabelecimento as mulheres foram servidas.  Isso foi comemorado como um grande passo adiante no progresso pelas facções liberais, progressistas e do movimento de liberação da mulher.  A filosofia básica por trás dessa lei e da consequente liberação do McSorley's parece ser a de que é ilegítimo discriminar clientes potenciais em função do sexo a que pertencem. 
Se os problemas com essa filosofia não estão bastante aparentes, podemos torná-los, ao considerarmos vários reductio ad absurdum.  Se essa filosofia fosse adotada estritamente, não seriam considerados "discriminatórios", por exemplo, os banheiros separados para homens e mulheres nos locais "públicos"? E as alas residenciais para homens? E os homossexuais masculinos? Poderiam ser acusados de "discriminação" contra as mulheres.  E as mulheres que se casam com homens, não estão discriminando outras mulheres?
Esses exemplos, é claro, são ridículos.  Mas são consistentes com a filosofia de antidiscriminação.  Se são ridículos, é porque a filosofia é ridícula. 
È importante termos em mente que todas as ações humanas implicam discriminação, na única definição sensata dessa palavra que tão mal tem sido empregada: selecionar e escolher, das alternativas disponíveis, aquela que melhor atende a nossos interesses.  Não existe sequer uma ação praticada por seres humanos que não esteja de acordo com essa máxima.  Discriminamos quando escolhemos um creme dental, quando decidimos sobre um meio de transporte ou com quem nos casarmos.  A discriminação praticada pelo gourmet ou pelo provador de vinhos é e somente pode ser a discriminação praticada por todos os seres humanos.  Qualquer ataque à discriminação, portanto, é uma tentativa de restringir as opções abertas a todos os indivíduos. 
Mas, e quanto à opção das mulheres de tomarem drinques no McSorley's? Os direitos delas estavam sendo violados? Não.  O que elas experimentavam era o que um homem experimenta quando uma mulher rejeita suas investidas sexuais.  A mulher que se recusa a sair com um homem não é culpada de violar os direitos deste - pois seus direitos não incluem um relacionamento com ela.  Este existe como uma possibilidade, mas não um como um direito, a não ser que ela seja sua escrava.  Da mesma forma, um homem que queira beber em companhia de outros, homens não é culpado de violar os direitos das mulheres.  Pois estes não incluem beber com pessoas que não desejam beber com elas.  Só numa sociedade de escravos é que isso é assim.  Só numa sociedade de escravos é que o amo pode obrigar o escravo a satisfazer suas vontades.  Se as forças antidiscriminatórias forem bem-sucedidas em impor sua filosofia ao público em geral, elas também o serão em subjugar o público sob as patas da besta da escravidão.  Na medida em que o porco-chauvinista resiste bem a essas tendências, deve ser considerado um herói.  


Por hoje é só.
Espero que tenham gostado.

Abs

Seu amigo Cafeta$

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O porco-chauvinista - Parte 1

Defendendo o Indefensável 



O movimento de liberação da mulher é um amálgama de diferentes programas, composto de diferentes grupos com diferentes objetivos.  Um intelecto aguçado pode aceitar alguns dos objetivos, propósitos, motivações e programas do movimento de liberação e rejeitar outros.  Seria tolice tratar como equivalentes uma hoste de diferentes valores e atitudes, meramente porque foram reunidos num mesmo pacote.  As ideias do movimento de liberação da mulher podem ser divididas em quatro categorias principais - cada uma das quais requerendo uma abordagem distinta. 

1.  Atos coercitivos praticados contra a mulher
A parte o assassinato, o mais brutal ato coercitivo praticado contra a mulher é o estupro.  Ainda que, nesta sociedade dominada pelos machos, o estupro nem sempre seja ilegal.  Ele não é ilegal quando perpetrado contra uma mulher pelo seu marido.  E, embora seja ilegal quando ocorre fora da "santidade" do casamento, a forma como é tratado pela lei deixa muito a desejar.  Uma, que, se havia algum tipo de conhecimento pessoal anterior entre o estuprador e a vítima, o tribunal presume que não ocorreu estupro.  Outra, que, para provar que houve estupro, até recentemente, em muitos estados, era necessário haver uma testemunha do crime.  Além disso, se amigos do estuprador jurassem que tinham tido relações sexuais com a vítima, ela poderia ser caracterizada como "imoral", e isso torna virtualmente impossível convencer o tribunal.  Se a vítima é uma prostituta, fica igualmente impossível obter uma convicção.  O argumento para a incapacidade legal de uma prostituta ser estuprada é a ridícula ideia de que é impossível forçar uma pessoa a fazer aquilo que, em outros momentos, ela faz de livre e espontânea vontade. 
Um dos aspectos mais atraentes do movimento de liberação da mulher é o de defender penas maiores por estupro, além de indenização à vítima.  Antigamente, pessoas que tomavam uma posição, no espectro político, comparável com o que fazem a maioria das feministas de hoje (liberais e de esquerda, por exemplo), pregavam sentenças mais leves para os estupradores e uma paparicação geral dos criminosos.  Em sua opinião, todo crime, inclusive o estupro, era causado principalmente pela pobreza, o colapso da família, a falta de recreação etc.  E a "solução" por elas preconizada partia diretamente dessa percepção: mais bem-estar, mais parques e playgrounds para os menos privilegiados, aconselhamento, terapia etc.  Contrariamente, a insistência das feministas por sentenças mais rígidas de encarceramento - e pior - surgiu como uma lufada de ar fresco. 
Embora o estupro seja o exemplo mais notável de aquiescência do governo a atos coercitivos contra a mulher, existem outros.  Consideremos o que se infere das leis contra a prostituição: essas leis proíbem um comércio entre adultos que mutuamente nele consentem.  Elas são prejudiciais à mulher, na medida em que a impedem de ganhar a vida honestamente.  Se a propensão antifeminista das mesmas não está clara, consideremos o fato de que, embora a transação seja igualmente ilegal para o cliente e para o vendedor, o macho (cliente) quase nunca é preso, enquanto que a fêmea (vendedor), sim. 
Outro caso digno de destaque é o aborto.  Embora, finalmente, tenham sido obtidos alguns avanços, o aborto está limitado por critérios obstrutivos.  Tanto a proibição total do aborto quanto sua permissão dentro das atuais restrições negam o grande princípio moral da autopropriedade.  Por isso, ambos os casos são uma regressão à escravidão, uma situação definida essencialmente pelas barreiras colocadas entre as pessoas e seu direito de autopropriedade.  Se uma mulher é dona do seu corpo, então é dona de seu útero, e somente ela tem o total e exclusivo direito de decidir ter ou não ter um filho. 
São múltiplas as formas pelas quais o governo apoia a coerção à mulher ou se envolve ativamente nela.  Até bem pouco tempo atrás, por exemplo, a mulher não tinha os mesmos direitos do homem de possuir propriedades ou fazer contratos.  Ainda existem, nos códigos, leis que impedem que as mulheres casadas, mas não os homens casados, vendam propriedades ou façam negócios sem a permissão de seus maridos.  Em algumas universidades estaduais, há requisitos para ingresso mais rigorosos para as mulheres e menos rigorosos para os homens.  O infame sistema de conduta, nas nossas escolas públicas, orienta os meninos para atividades "masculinas" (esportes e carpintaria), e as meninas, para atividades "femininas" (cozinhar e costurar). 
É importante ter em mente que todos esses problemas possuem duas coisas em comum: são exemplos de força agressiva usada contra a mulher e estão todos eles inextrincavelmente ligados à máquina do estado.  Embora não considerado de forma ampla, isso se aplica, não só ao estupro, mas também aos demais atos e atividades descritos.  Pois, o que quer dizer que a mulher não tem o direito de fazer aborto, de possuir propriedade ou de estabelecer negócios, senão que a mulher que for exercer essas atividades, será impedida pela coerção do estado, com penalidades ou sentenças de prisão?
Obviamente, tanto o estado quanto os indivíduos podem fazer discriminação.Mas somente a discriminação por parte do estado, e não a discriminação privada, viola os direitos da mulher.  Quando um indivíduo faz discriminação, o faz com seus recursos próprios e em seu próprio nome.  Mas, quando o estado discrimina, o faz com recursos tirados de seus cidadãos e em nome de todos.  Esta é uma diferença crucial. 
Quando uma empresa privada, um cinema, digamos, faz discriminação, ela corre o risco de perder dinheiro e, possivelmente, ir à falência: as pessoas que se opõem à discriminação, podem recusar fundos à instituição ou não comercializar mais com ela.  Entretanto, quando é o estado que discrimina, essas pessoas não têm essa opção, e nem existe o risco de falência.  Mesmo quando as pessoas se opõem à discriminação, numa instituição do estado à qual podem recusar fundos (como os estudantes de uma universidade pública, por exemplo), o estado possui outras alternativas.  Ele pode compensar a redução desses fundos com o aumento de impostos, e estes têm de ser pagos, compulsoriamente. 
Até os beliscões a que a mulher está sujeita estão inextrincavelmente ligados à máquina do estado.  Comparemos o que acontece quando o assédio sexual ocorre dentro das dependências de um local privado (uma loja de departamentos) e quando ocorre fora (na rua, a uma quadra da loja).  Quando uma mulher é molestada dentro das dependências de um local privado, a força inteira do sistema de lucros e perdas da livre iniciativa cai em cima do problema.  É do próprio interesse do empresário coibir e desencorajar atos ofensivos, pois, se não o fizer, perderá clientes.Há, de fato, uma competição entre os donos de lojas por proporcionarem aos clientes um ambiente seguro e confortável.  Aqueles que forem os mais bem-sucedidos em sua ação "antibeliscão", tenderão a colher os maiores lucros.  Os que falharem, ou porque ignoram a questão ou porque não têm sucesso em implementar seus programas, tenderão a amargar os maiores prejuízos.  Naturalmente, isso não é garantia de que os beliscões e outros comportamentos ofensivos cessarão.  Eles sempre ocorrerão, enquanto as pessoas continuarem moralmente imperfeitas.  Mas esse sistema realmente incentiva os mais aptos, através de lucros e perdas, a controlarem a
situação.
Comparadamente ao que acontece nos locais públicos, no entanto, o sistema privado passa a se parecer com a própria perfeição.  Nos locais públicos, quase não há incentivo para se lidar com o problema.  Não existe alguém que, automaticamente, perca alguma coisa, quando uma mulher leva um beliscão ou é, de alguma outra forma, assediada.  Supostamente, a responsabilidade é da polícia municipal, mas ela opera sem o benefício do sistema de incentivo de lucros e perdas automáticos.  Os salários dos policiais, que são pagos com os impostos, não estão condicionados ao desempenho, e eles não sofrem qualquer perda financeira, quando uma mulher é molestada.  Fica claro, então, por que a maior parte desse tipo de assédio acontece nas ruas, e não dentro de lojas e outros estabelecimentos comerciais. 

2.  Atos não coercitivos praticados contra a mulher

Muitos dos atos praticados contra a mulher não são, estritamente falando, coercitivos.  Por exemplo: assoviar, certas formas de olhar, piadas, insinuações, flertes indesejados etc.  (É claro que, muitas vezes, é bastante difícil saber de antemão se um sinal de flerte vai ser bem recebido ou não.) Consideremos as aproximações sexuais que constantemente ocorrem entre homens e mulheres.  Embora, para muitas pessoas, em especial as do movimento de liberação da mulher, não haja diferença real entre esse tipo de comportamento e atos coercitivos, a distinção é crucial.  Ambos podem ser objetáveis, para muitas mulheres, mas uns são atos fisicamente invasivos, enquanto os outros, não. 
Existem muitos outros tipos de ações enquadradas na mesma categoria.  Exemplos dessas ações são as expressões vulgares alusivas ao sexo ("boazuda" ou "pedaço de mulher"), a defesa de critérios diferentes nos costumes, certas normas de etiqueta, o incentivo à capacidade mental dos meninos, e à das meninas, não, o opróbrio da sociedade às mulheres que participam de atividades "masculinas", a propaganda da "inferioridade feminina" e os pedestais em que as mulheres são colocadas. 
Há dois pontos importantes a destacar com relação a essas e outras atitudes e comportamentos que podem ser ofensivos, mas que não são coercitivos.  O primeiro é que essas ações não coercitivas não podem, legitimamente, ser consideradas ilegais.  Qualquer tentativa nesse sentido implicaria a violação massiva dos direitos de outros indivíduos.  Liberdade de expressão significa que as pessoas têm o direito de dizer o que quiserem, mesmo se o que dizem é repreensível ou grosseiro. 
O segundo ponto é mais complicado e nem um pouco óbvio.  Em grande parte, essas ações repreensíveis, mas não coercitivas, são favorecidas e encorajadas por atividades coercitivas do estado, exercidas nos bastidores.  Por exemplo, a ampla incidência da propriedade e administração de terrenos, parques, calçadas, estradas, negócios etc.  Essas atividades coercitivas, baseadas na tributação compulsória ilegítima, podem ser legitimamente criticadas.  Se fossem eliminadas, diminuiria, com a ajuda do livre mercado, o comportamento sórdido, mas legal, que elas sustentam. 
Tomemos o exemplo do chefe (macho) que assedia a secretária (fêmea) de uma forma objetável, mas não coercitiva.  Comparemos as situações, quando esse comportamento ocorre na propriedade pública e quando ocorre na propriedade privada.  Para analisá-las, temos de entender o que os economistas do trabalho chamam de "diferenciais compensatórios".  Um diferencial compensatório ou insalubridade é a quantia de dinheiro necessária para compensar o empregado pelo prejuízo físico inerente ao emprego.  Suponhamos, por exemplo, duas oportunidades de emprego.  Uma é num escritório com ar condicionado, com uma vista agradável, arredores aprazíveis e colegas agradáveis.  A outra, num porão abafado, em meio a colegas hostis.  Entretanto, geralmente há alguma diferença de salário grande o suficiente para atrair um indivíduo para o emprego menos agradável.  A quantia exata do diferencial varia para diferentes pessoas.  Mas existe. 
Da mesma forma como tem de ser pago um diferencial compensatório para se contratar funcionários que devam trabalhar em porões abafados, deve-se pagá-lo às funcionárias de escritórios onde ficam sujeitas a assédio sexual.  O aumento de salário sai do bolso do chefe, se ele é um homem de negócios do setor privado.  Assim, tem um forte incentivo monetário para controlar seu comportamento e o dos que trabalham com ele. 
Mas, numa empresa estatal ou mantida pelo governo, o aumento do salário não é pago pelo chefe! É pago com o dinheiro dos contribuintes, o qual, por sua vez, não é dado mediante a prestação de serviços satisfatórios, e sim recolhido compulsoriamente.  Assim, o chefe tem menos motivos para exercer o controle.  Fica claro que esse tipo de assédio sexual, em si próprio ofensivo, mas não coercitivo, torna-se possível através de atos coercitivos do governo em seu papel de cobrador de impostos.  Se os impostos fossem pagos voluntariamente, o chefe, mesmo num escritório do governo, estaria sujeito a um significativo controle.  Ficaria sujeito a perder dinheiro, se seu comportamento ofendesse suas funcionárias.  Mas como seu emprego é mantido com dinheiro e tributação coercitiva, suas funcionárias ficam a sua mercê. 
Da mesma forma, comparemos a situação em que um grupo de homens assovia, graceja e faz observações depreciativas e insultuosas dirigidas a ou sobre as mulheres que passam.  Um grupo faz isso na calçada de uma rua pública; outro grupo o faz num local privado - um restaurante ou um local de compras. 
Agora, em qual das situações é mais provável que seja dado fim a esse comportamento legal, mas repreensível? No setor público, não é do interesse financeiro de qualquer pessoa acabar com o assédio.  Já que, presumidamente, esse comportamento é legal, nem mesmo as forças policiais públicas podem fazer qualquer coisa para pará-lo. 
Porém, nos domínios da empresa privada, todo empresário que espera empregar ou vender para mulheres (ou para homens que se oponham a esses maus tratos às mulheres), tem um forte incentivo pecuniário para acabar com isso.  Não é por acaso que esses assédios quase sempre acontecem em calçadas ou ruas privadas, e virtualmente nunca em lojas de departamentos, restaurantes, locais de compras ou outros estabelecimentos que visem lucro e mantenham-se atentos contra uma queda deste. 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

20 Motivos Pelos Quais os Homens Procuram Prostitutas

Sempre tive curiosidade acerca do motivo real pelos quais os homens procuram prostitutas. O motivo “pra variar o sexo” nunca me pareceu completamente convincente. Pra tirar a dúvida, montamos um questionário anônimo no qua os homens relataram as reais motivações que os levam a contratar as tão requisitadas profissionais do sexo. Selecionamos as respostas que mais apareceram e as transcrevemos na íntegra, com as palavras originais de quem escreveu. O resultado, você confere agora.
1. “A sensação de que, procurar uma garota de programa, não é infidelidade.”
2. “Pra ter histórias desse tipo pra contar pros amigos.”
3. “Puteiro é um lugar onde as mulheres te amam pelo o que voce tem no bolso. Exatamente! Fingem interesse pelo teu pinto, mas querem apenas e somente seu dinheiro. Aumenta a auto estima apenas por terem mulheres, algumas belas outras nem tanto, lhe dando atenção, se esfregando e se oferecendo por nenhum motivo senão este. Não querem saber da história da sua vida nem falar do mesmo.”
4. “Porque a parceira não consegue satisfazer completamente na cama.”
5. “Pura e simplesmente pela diversão do sexo sem compromisso e poder fazer coisas bem diferentes – por mais que nós “imploremos” para nossas amadas companheiras tentarem posições ou “canais” diferentes, elas não topam.”
6. “Porque podemos fazer tudo com as garotas de programa e elas não vão reclamar.”
7. “Porque tenho desejos que não posso satifazer com a minha namorada pois sei que ela não entenderia. Não sou gay, mas gosto de ser penetrado no ânus, com dedos ou vibrador. Uma prostituta faz isso sem me julgar.”
8. “Eu era comprometido e tinha relação bacana com a namorada, sem frescura. Eu não procurei na rua o que eu não tinha em casa pois minha namorada sempre me satisfez em tudo e sempre gostou de uma putariazinha comigo. O que eu procurei com a profissional do sexo, foi provar uma fruta diferente. Por mais que eu tenha um sexo bom em casa, não há nada melhor que variar um pouco”
9. “Não sei porque o tabu em cima disso. Em minha opinião é como qualquer transação de serviço. Eu pago, ela me da prazer. No fim das contas sai muito mais barato do que namorar. Sou um cara que precisa ter tempo pra namorar, eu quero, eu preciso mimar minhas namoradas. E tem vezes que realmente não tem como. Portanto, quando você precisa só de uma foda ou duas. Putas são o caminho!”
10. “Sinceramente não creio que “pegar uma puta” seja traição, mas sim uma diversão em que você se satisfaz somente naquela hora e paga pra pessoa sumir da sua vida.”

11. “Praticidade: não tem de ligar no dia seguinte, não tem tpm.”
12. “No caso de homens casados ou compromissados de alguma forma, acredito que eles recorram a garotas de programa para fazer coisas que suas parceiras mto provavelmente não querem fazer (ex: sexo anal, swing, fantasia, e outros tipos de sacanagem). Outro motivo provável é o homem estar acomodado no relacionamento e não ter coragem/força de vontade para por um fim na relação. Ah, e é muito mais difícil para a mulher descobrir uma traição com garotas de programa do que com uma pessoa conhecida.”
13. “Já procurei quando era noivo da minha primeira namorada e precisava ter certeza que era ela mesma que eu queria, queria provar sexo com outra pessoa.”
14. “Porque minha mulher não me satisfaz. Mulheres: nós não aguentamos ficar semanas sem pelo menos um boquete, sempre vamos procurar fora de casa o que não temos em casa.”
15. “Porque minha namorada não fazia sexo anal e eu queria muito.”
16. “Comigo é o seguinte: Sexo é sexo, amor ou envolvimento amoroso é outra coisa. Muitas vezes tenho vontade de fazer sexo, mas não tenho vontade de nenhum envolvimento além de sexo.”
17. “Por uma questão de logística: No puteiro, o homem gasta apenas o valor da puta (a maioria dos puteiros tem seus próprios quartos e não há necessidade de ir para outro lugar). Para ele é muito mais barato que a conta do celular após várias ligações para convencer uma garota para sair, a conta do restaurante, a conta do cinema e a conta da gasolina e estacionamento. Lembrando que até aí, existe ainda a chance do homem não conseguir sexo! Sendo que, se ele conseguir, ainda muito provavelmente terá que pagar sozinho a conta do motel. Só nessa história já foi gasto dinheiro suficiente para transar com umas 10 garotas de programa ou até mais.”
18. “Por fetiche: Às vezes fico com tesão só de me imaginar escolhendo uma garota de programa e transando com ela.”
19. “No caso de nós, solteiros, muitas vezes, após um dia de trabalho cansativo, a intenção do homem é a aquela mesma da masturbação “limpa”, ou seja, relaxar e desestressar. Agora…vocês acham mesmo que sobra disposição para: “telefonema, persuasão, conversa, carinho, persuasão, beijo, persuasão, motel, mais 2h de persuasão, preliminares, sexo, muito diálogo após o sexo, pagar, dirigir, beijos, sms, msg no facebook, etc.”? Não mesmo, né? Com uma “profissional” o percurso é bem mais simples: “cerveja, sobe a escada, sexo, desce a escada, cerveja, casa.” Não que nós não precisemos ou gostemos de dar carinho, mas tudo ao seu momento.”
20. “Pessoalmente não gosto muito de GPs, pois gosto de curtir a pessoa no ato, beijar, chupar etc, o que não da pra arriscar com uma GP. Mas tenho muito o costume de ir a casas de show pra me divertir com amigos, tomar umas, dar umas risadas. Já fiz programa com garotas que considerei diferenciadas e acabei cuirtindo  pois tenho uma boa vivência com varios tipos de mulheres e sinto muito em constatar que a maioria não topa inovações diferentes do que elas já conhecem ou aceitam”


Vi no blog do Casal Sem Vergonha

Por hoje é só.

Seu Amigo Cafeta$

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A Prostituta

 Defendendo o Indefensável

 

Sujeitas a serem constantemente molestadas por leis puritanas, grupos religiosos,
câmaras de comércio etc., as prostitutas, apesar disso, continuam a comercializar com o público.  Que o serviço delas tem valor, está provado pelo fato de que os clientes continuam a procurá-las, apesar da oposição legal e cívica. 
Uma prostituta pode ser definida como aquela que toma parte no comércio voluntário de serviços sexuais em troca de um pagamento.  A parte essencial da definição, entretanto, é o "comércio voluntário".  Há tempos atrás, uma capa de revista feita por Norman Rockwell ilustrou, senão a peculiaridade, a essência da prostituição.  Mostrava um leiteiro e um padeiro sentados perto de seus caminhões, os dois ocupados comendo pão e tomando leite.  Ambos evidentemente satisfeitos com seu "comércio voluntário". 
As pessoas sem muita imaginação podem não ver qualquer relação entre uma prostituta entreter seu cliente e esse episódio do pão e do leite.  Mas, em ambos os casos, duas pessoas reuniram-se voluntariamente na tentativa de obterem satisfação mútua.  Em nenhum dos casos foi aplicada força ou fraude.  É claro que o cliente da prostituta pode, mais tarde, achar que os serviços que recebeu não valeram o dinheiro que pagou.  A prostituta pode sentir que o dinheiro que recebeu não a compensou plenamente pelos serviços que prestou.  Insatisfações similares também poderiam ocorrer na transação do pão e do leite.  O leite poderia estar azedo, ou o pão, mal cozido.  Mas tanto uns quanto os outros se arrependeriam depois do fato, e isso não alteraria a descrição dessas transações como "voluntárias".  Se todos os participantes não estivessem querendo, as transações não teriam acontecido. 
Existem os que, como os liberacionistas da mulher, lamentam a condição da pobre prostituta oprimida e acham que esta leva uma vida de aviltamento e exploração.  Mas a prostituta não considera aviltante a venda de sexo.  Após levar em conta os aspectos positivos (poucas horas de trabalho, alta remuneração) e as desvantagens (aborrecimentos com a polícia, comissões obrigatórias para seu cafetão, condições de trabalho não inspiradoras), a prostituta, obviamente, prefere seu trabalho, caso contrário não continuaria a fazê-lo. 
Há, é claro, muitos aspectos negativos vivenciados pelas prostitutas que desmentem a imagem de "vida fácil".  Existem prostitutas que são viciadas em drogas, prostitutas que apanham dos cafetões e prostitutas que são mantidas em bordéis contra sua vontade.  Mas esses aspectos sórdidos têm pouco a ver com a carreira intrínseca da prostituição.  Há enfermeiras e médicos que são sequestrados e forçados a obedecerem a fugitivos da Justiça; existem carpinteiros viciados em drogas, há contadores que são surrados por assaltantes.  Dificilmente concluiríamos que essas profissões ou vocações são suspeitas, aviltantes ou exploradas.  A vida da prostituta é tão boa ou má quanto ela quer que seja.  Ela leva essa vida voluntariamente - o que é característico da prostituição - e é livre para abandoná-la a qualquer momento. 
Por que, então, a perseguição e as proibições à prostituição? Esse ímpeto não surge do cliente; ele é um participante voluntário.  Se o cliente resolve que não é de seu interesse frequentar uma prostituta, ele pode parar.  Tampouco o movimento pela proibição da prostituição vem das próprias prostitutas.  Elas assumiram voluntariamente suas tarefas e, quase sempre, podem desistir, se mudarem de ideia sobre os benefícios relativos. 
O anseio pela proibição da prostituição origina-se de "terceiros" não diretamente envolvidos nas transações.  Suas razões variam de grupo para grupo, de área para área e de ano em ano.  O que eles possuem em comum é o fato de serem partes estranhas ao negócio.  Não têm interesses nem participação no assunto e deveriam ser ignorados. 
Permitir que decidam sobre esse assunto é tão absurdo quanto permitir que um estranho decida sobre a transação entre o leiteiro e o padeiro. 
Por que, então, os dois casos são tratados de formas diferentes? Imagine uma liga chamada os "comedores decentes", organizada para defender a doutrina de que comer pão e tomar leite ao mesmo tempo é pecado.  Mesmo que se pudesse demonstrar que a liga contra o pão com leite e a liga contra a prostituição têm idêntico mérito intelectual - ou seja, nenhum -, a reação às duas ligas ainda seria diferente.  A tentativa de proibir pão com leite provocaria somente risos, mas haveria uma atitude mais tolerante para com a tentativa de proibir a prostituição.  Há algo em ação que resiste firmemente a uma penetração intelectual da questão da prostituição.  Por que a prostituição não foi legalizada? Embora os argumentos contra sua legalização não tenham mérito, jamais foram claramente contestados como falsos pela comunidade intelectual. 
A diferença entre o comércio do sexo, como o que acontece na prostituição, e outros comércios, como a transação do pão e do leite, parece basear-se - ou, pelo menos, vincular-se a - na vergonha que sentimos ou que fomos educados para sentir da possibilidade de termos de "comprar sexo".  Dificilmente se será um "homem de verdade", é tampouco seremos confundidos, de forma alguma, com uma atraente mulher, se tivermos de pagar pelo sexo. 
A anedota a seguir, bastante conhecida, ilustra esse ponto.  Um homem de boa aparência pergunta a uma mulher atraente e "virtuosa" se, por 100 mil dólares, ela vai para a cama com ele.  Ela fica horrorizada com a oferta.  Entretanto, após considerar um pouco, conclui que, por mais que a prostituição seja pecado, poderia usar aquele dinheiro para caridade e boas ações.  O homem é charmoso e não parece nem um pouco perigoso ou repugnante.  Timidamente, ela responde: "Sim." Então o homem pergunta: "E por 20 dólares?" A mulher, indignada, responde: "Como se atreve, que tipo de mulher você pensa que eu sou?!", ao mesmo tempo em que o esbofeteia.  "Bem, o tipo de mulher que você é nós já estabelecemos.  Agora estamos tentando estabelecer o preço", responde ele.  O grau de impacto com que a resposta do homem atinge a mulher é uma pequena mostra do desprezo que recai sobre os indivíduos envolvidos nesse tipo de intento. 
Existem duas abordagens que poderiam combater a atitude de que pagar por sexo é degradante.  Há o ataque frontal, que simplesmente nega que seja errado pagar por sexo.  Este, no entanto, dificilmente convenceria aqueles que acham que a prostituição é pecado.  A outra possibilidade seria mostrar que estamos sempre pagando pelo sexo - todos nós, o tempo todo -, e, por isso, não devemos ser capciosos a respeito dos acertos entre uma prostituta profissional e um cliente. 
Em que sentido pode-se dizer que todos nós nos envolvemos em comércio e pagamentos quando nos ocupamos da atividade sexual? No mínimo, temos de oferecer algo a nossos parceiros potenciais antes de eles consentirem em fazer sexo conosco.  Na prostituição explícita, a oferta é em dinheiro.  Em outros casos, o comércio não fica assim tão óbvio.  Muitos modelos de relacionamentos livres correspondem claramente ao modelo de prostituição.  O macho deve pagar o cinema, o jantar, flores etc., e a fêmea deve retribuir com serviços sexuais.  Casamentos em que o marido fornece os elementos financeiros, e a esposa, as funções sexuais e domésticas, também seguem claramente esse modelo. 
Na verdade, todos os relacionamentos humanos voluntários, das relações amorosas às intelectuais, são negócios.  No caso do amor romântico e do casamento, o comércio é em termos de afeto, consideração, gentileza etc.  Pode ser um comércio feliz, e os parceiros podem se sentir felizes em dar algo.  Mas não deixa de ser um comércio.  Está claro que, a não ser que sejam dados afeto, gentileza etc., ou alguma coisa, não haverá reciprocidade.  Da mesma forma, se dois poetas "não mercenários" não "recebessem nada" um do outro, o relacionamento deles também acabaria. 
Existindo comércio, também existem pagamentos.  Onde quer que haja pagamentos por relacionamentos que incluam congresso sexual, como o casamento e alguns modelos de relacionamentos sem esse vínculo, existe prostituição - de acordo com a definição do termo.  Diversos comentaristas sociais têm, acertadamente, vinculado o casamento à prostituição.  Mas todos os relacionamentos em que há uma troca, quer incluam ou não o sexo, são uma forma de prostituição.  Ao invés de condenarmos todos esses relacionamentos por sua similaridade à prostituição, a prostituição é que deveria ser encarada como simplesmente um tipo de interação da qual participam todos os seres humanos.  Não deveriam ser levantadas objeções a quaisquer desses relacionamentos - nem ao casamento, nem à amizade, nem à prostituição.  


Espero que tenham gostado.
Por hoje é só!
Seu amigo Cafeta$

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Quer sexo? Transe com uma garota de programa.

Olá amigos, hoje trago mais um tema polemico, e vou dizer pra você porque transar com garotas de programas é melhor, mais rentável, e causa menos dor de cabeça do que uma mulher de “verdade”. Vou esclarecer cada ponto para vocês, afim de que os que ainda têm preconceitos contra esse tipo de pratica tenham no mínimo uma visão diferente.

Vou começar com uma pergunta inicial:

Que sensação boa você pode ter num relacionamento “de verdade” pode lhe dar que uma GP não possa?

 "Afinal, qual é a diferença entre ela e as supostas mulheres de verdade?"

Alguns leitores podem não entender bem o que eu quero dizer com uma “sensação boa”. Para vocês entenderem o que eu quero dizer, vou esclarecer meu ponto de vista sobre isso.

Existem duas maneiras básicas de como vemos a realidade. A realidade física (quando sentimos calor, luz, radiação magnética, átomos, moléculas, gravidade), ou seja, algo tangível e físico em algum nível, e outra que nosso cérebro produz como a percepçãosensações e a intuição.
Você já se perguntou se seu cérebro enxerga tudo de maneira idêntica? Com certeza não, pois determinadas coisas podem ser enxergues através de conceitos, para aperfeiçoar nosso tempo. Ninguém quer entrar em uma crise existencial para saber se o céu realmente é azul toda vez que o enxergamos não? É ai que chegamos a um ponto chave. A cor do céu, justiça, certo e errado, beleza, entre outras coisas são conceitos. Conceitos definidos por outras pessoas. Ou seja, dizer que sensações boas só podem ser ativadas dentro de relacionamentos de “verdade” é apenas um conceito. Impreciso e visto de forma absoluta. Mas pouquíssimas coisas são absolutas nesse mundo, e o “amor” definitivamente não é uma delas.

Muito do que acreditamos ser real é uma construção do nosso imaginário, criado pelo nosso cérebro para justificar o que supostamente existe.

Portanto namorar e casar-se são apenas uma construção mental, que te empurra a determinados conceitos, de “sensações boas”, e você acaba falhando em achar que eles são absolutos.

Relacionar-se e relacionamentos em geral, possuem certas “regras” que os homens supostamente devem aceitar como “verdade”, como:

  • Seu sucesso é medido pela quantidade de mulheres que você pega
  • É coisa de macho... (insira qualquer coisa para usar como forma de manipulação)
  • Somente homens de verdade... (muito usada por mulheres para forçar o homem emocionalmente a fazer algo)
  • Não faça por mim, faça pelos nossos filhos

Você já se perguntou se, afinal, existe algo de bom nesses relacionamentos para mim?

"No final das contas, o que conta é o que você acha, não os outros."

Nós humanos somos mortais, viver pelos outros não faz com que você se complete. “Você” é o resultado de sua jornada particular pela vida, e durante ela você encontrara outros parecidos. Mas nenhum deles vivera sua vida, nem sentira o que você sente.
Portanto, não aceite como verdadeiro, estes conceitos que foram definidos previamente por outro alguém. Ache seu próprio caminho, e somente aceite algo como verdadeiro, se você refletiu sobre isso e acha que vale a pena.
Ser feliz de verdade é viver a sua vida, e não ficar pensando no que é melhor para os outros.

Por isso se o que você procura nas mulheres é sexo. Faça com uma GP!

Você transara com uma mulher mais gostosa (do que provavelmente você pegaria, *a não ser que você seja um exímio sedutor...). Você fará um sexo de melhor qualidade. Sendo que ela é uma profissional. E você pode fazer isso varias vezes, contanto que você pague o preço.
Não se engane meus amigos. Não existe sexo grátis.
Toda mulher seja em um relacionamento ou não tem o seu preço. Claro que em um relacionamento você não “paga” diretamente a sua mulher. Porém experimente ficar um mês, sem levá-la para sair, sem cinema, sem restaurante, sem fazer nada que gaste dinheiro pra ela. Por exemplo, se ela mora com você, não pague o aluguel por um mês, nem água nem a luz, e exija sexo de qualidade todo dia.
Pode ser que no começo você até tenha uma certa quantidade de sexo, mas mulher nenhuma continua com um homem que não tenha interesse em dar nada pra ela, e só retirar o sexo.
Em relacionamentos o que acontece é no máximo, uma espécie de “crédito”. Durante tribulações você pode continuar fazendo sexo, porém você terá que compensar isso no futuro. E com juros! Portanto o conceito de sexo grátis é falso. Não existe sexo grátis.
Não existe almoço grátis.

Se seu objetivo é transar de maneira constante, porque não fazer isso com outras mulheres melhores e variadas?
Faça as contas, amigo. Conte quanto você gasta por mês com sua namorada direta ou indiretamente.
Coisas diretas são ir ao cinema, restaurantes, presentes e etc. Coisas indiretas são; gasolina para ir até a casa dela, pagar a conta de telefone que vem altíssima (porque só ela usa) e etc.
Vamos supor que você chegou a um valor total de 800 reais.
Gastando 800 reais por mês, você transa com sua namorada doze vezes (sexta, sábado e domingo). Mass, com 800 reais, você poderia transar com oito prostitutas diferentes, com muito mais qualidade no ato sexual, e até com mais qualidade física do que sua namorada. Pois com 100 reais, já é possível transar com uma GP de qualidade superior a convencional.
Claro que não é nenhuma “panicat”, mas já é melhor que a maioria das medianas.

É isso ai amigos, façam as contas. E boicotem as que quiserem te parasitar.


Bom por hoje é só!!
Vi no Enigmático e Realístico

Até Mais!

Seu Amigo Cafeta$

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Garotas de programa de luxo

Elas parecem aquela sua amiga da faculdade, mas ganham até R$ 3 mil em uma hora...



Elas estão em faculdades, restaurantes caros, passarelas, baladinhas e festas da alta sociedade. Com calças Diesel, bolsas Louis Vuitton e sapatos Gucci, essas meninas de 20 e poucos anos circulam com homens casados, solteiros, executivos, príncipes, sheiks e, quem sabe, com aquele amigo seu – por até R$ 3 mil a hora. A reportagem da Tpm se infiltrou no mundinho VIP das garotas de programa de luxo de São Paulo – e revela que ele fica logo ali.

Imagem: Gabriel Rinaldi
Andressa faz refeições de R$ 350, se hospeda nas suítes mais caras de São Paulo e ainda recebe em euro. Ela paga a faculdade com o que recebe de um cliente fixo
Andressa faz refeições de R$ 350, se hospeda nas suítes mais caras de São Paulo e ainda recebe em euro. Ela paga a faculdade com o que recebe de um cliente fixo

Pelo número que aparece no celular, Andressa* sabe que vai dormir fora de casa. Há um ano Nicolas* é seu cliente. Executivo italiano da indústria do petróleo, ele vem regularmente ao Brasil. Assim que desce do avião, telefona para Andressa e segue para o restaurante do hotel Fasano – um dos melhores do Brasil, onde um prato pode custar até R$ 350, um vinho pode chegar a R$ 40 mil e qualquer mulher é recebida por quatro funcionários diferentes, da entrada até a mesa.

De vestido Gucci (presente de Nicolas e um dos 80 que ela tem no armário) e bolsa Louis Vuitton, ela senta à mesa de frente para o “gringo”, que não pesa menos que 100 quilos. Ele segura sua mão, diz que está linda e pergunta o que quer beber. “Veuve Clicquot”, responde a garota de 25 anos, sem consultar o cardápio. Foi com ele que aprendeu que essa e Cristal são as melhores marcas de champanhe. O garçom serve a garrafa que custa R$ 406. Andressa não agradece. Abre o cardápio e seus olhos deslizam pela fileira dos preços. “Nem lembro o que comi da última vez. Escolho pelo mais caro, porque vendo que você é cara os clientes dão presentes bons”, explica. O raciocínio vale também para roupas e carros: “São investimentos”, resume ela.

Andressa faz parte de um grupo de cerca de 300 garotas de programa que vivem em São Paulo, e engana-se quem pensa que elas se resumem a “modelos-manequins”. São também estudantes de enfermagem e profissionais de marketing, entre outras ocupações. Passar uma hora com elas custa entre R$ 1 mil e R$ 3 mil. Mas com Nicolas, cliente fixo de Andressa, tem algumas diferenças. A primeira e mais importante é que ele paga em euro – e um valor acima da média: 1.500. Por esse preço, ela até topa passar a noite numa suíte cinco estrelas que pode custar até R$ 22 mil. Além de Nicolas, ela tem um cliente fixo de 60 anos – paga a mensalidade da faculdade de enfermagem com parte dos R$ 10 mil que recebe para encontrá-lo cerca de três vezes por mês.
Essas meninas não estão em casas como o Café Photo, que nos anos 90 era referência em prostituição de luxo. Hoje, estima-se que as garotas que frequentam o lugar cobram entre R$ 300 e R$ 500 por programa e chegam a atender até três clientes na mesma noite. Moram em regiões de classe média e média baixa de São Paulo, como zonas leste e norte, e fazem mais o estilo “gostosonas” do que as garotas de programa de luxo. Já essas meninas são discretas. Têm silhueta de modelo e não se vestem com decotes extravagantes, saias curtas e barriga à mostra. Além disso, não mentem o nome nem negam beijo na boca aos clientes.

As amigas de profissão da Andressa têm entre 20 e 25 anos e atendem, sobretudo, empresários. Apesar de terem alguns clientes solteiros e jovens, a maioria deles é casada e já passou dos 40. Eles fazem questão de pagar caro por uma hora ao lado de prostitutas que não dão pinta de prostitutas.

As garotas de luxo são muito parecidas com as mulheres que esses clientes conhecem nas baladas – mas com estas eles evitam ficar por serem casados ou para não correrem o risco de se envolver. “Vejo as garotas de programa como amigas que ajudo. É melhor do que ter uma amante, que pode começar a fazer cobranças”, explica Luciano*, 45 anos, casado, pai de dois filhos pequenos. Júnior*, um empresário de 32, enfatiza que a opção não tem a ver com estar mal no casamento: “Além da atração física, elas te elogiam, aumentam a autoestima. Por mais que o casamento seja maravilhoso, existem cobranças que com uma garota dessas não tem. Ela é só o lado bom”, confessa.

Os clientes levam garotas como Andressa para passear em seus aviões particulares, barcos, helicópteros ou carros como Mini Cooper, Audi e Land Rover. Talvez por isso, mesmo quando não estão trabalhando elas não cogitam a hipótese de usar transporte público. Se interessam em namorar homens que tenham seus 30 anos – mais novo, só se for filho de milionário – e um carro que valha cerca de R$ 450 mil, como uma caminhonete BMW. “Estou com um namoradinho, mas vou acabar hoje. É pobre”, desabafa a paulistana Patrícia*, amiga de Andressa, numa conversa com a reportagem da Tpm em um restaurante dos Jardins. “Não quero casar com um cara que ganha R$ 3 mil por mês. Pra ficar dividindo conta e sustentando filho? Tô fora”, solta.

Quando vão atender os clientes, elas usam táxi ou seus próprios carros – que vão de modelos populares, como Corsa, a importados automáticos, como Tucson. Se o cara é solteiro, muitas vezes são recebidas na casa deles, em bairros classe alta, como Jardins e Morumbi. Com os casados, os encontros costumam acontecer durante o dia, nos hotéis de luxo. Andressa conta que uma vez fazia sexo oral num cliente, no meio da tarde, quando tocou o celular dele. “Ele atendeu, fez sinal para eu continuar e falou: ‘Oi, amor, estou numa reunião’”, ri.

Por receio de serem vistos, os brasileiros não costumam circular com elas em lugares públicos. Em compensação, os estrangeiros parecem fazer questão do contrário. “Sei que sou o tipo de mulher que o cara quer exibir como prêmio”, confessa Andressa, contratada por gringos, como Nicolas, através de agenciadoras (cafetinas com quem não têm nenhum vínculo).

Mulheres invisíveis


Das outras mesas do restaurante, mulheres acompanhadas de seus maridos curvam o pescoço, como que para ver melhor “a menina que está com aquele gordo”. Andressa não desvia o olhar do cardápio nem do cliente. “Mulher, sempre que vê outra mulher bonita, olha com reprovação, é normal”, observa ela. Como não está namorando, não tem receio de se expor jantando ao lado de Nicolas – mas confessa que teria vergonha se ele fosse “muito velho”.


Apesar de Andressa estar à vontade, um funcionário antigo do restaurante garante que não reconhece seu rosto nem de nenhuma outra garota de programa de luxo por lá – onde é comum escutar engravatados falando inglês ou alemão em mesas que também já foram reservadas para Madonna e Yoko Ono. “Essas meninas existem sim. Mas, se vêm aqui, é com algum hóspede estrangeiro, e passam despercebidas”, garante, numa conversa informal.


De fato, é o que elas dizem. “Não vou sozinha num lugar desses”, comenta Andressa, incluindo aí restaurantes “da rua Amauri”, no Itaim Bibi, bairro em que circula boa parte do PIB nacional e onde ficam os sofisticados Parigi, Magari, Ecco, Forneria San Paolo, entre outros. Apesar de sentir-se bajulada pelos garçons desses lugares – “eles sabem que vão ganhar gorjetas gordas dos nossos clientes” –, para ela e suas amigas ir a um restaurante como esses em um dia de folga é “programa de velho”. Andressa prefere festas fechadas, como uma no terraço da Daslu a que foi recentemente, ou áreas VIPs de baladas como o sertanejo Villa Country, frequentado por paulistanas de todos os tipos e classes sociais.


Patrícia* também tem 25 anos, é formada em marketing, aluna de pós-graduação de uma faculdade respeitada de São Paulo e tem um cliente que deposita, “religiosamente”, R$ 5 mil por mês em troca de encontros esporádicos. Filha de um empresário bem-sucedido, ela tinha coleções de joias, sapatos, bolsas e viagens pelo mundo até seu pai perder tudo e ela passar a sustentar a casa com o salário de R$ 2.500 que ganhava como recém-formada. Há dois anos no ramo da prostituição de luxo, ela ajudou os pais a abrirem pequenas empresas e, quando não está trabalhado com eles ou com seus clientes, gosta de comer sushi em restaurantes de Moema – o que lhe custa uma média de R$ 100 por refeição, duas vezes por semana. Ainda mora com os pais, que acreditam que a filha ganhou uma bolada ao ser demitida do antigo emprego e que agora trabalha como freelancer na área de marketing. “Me considero privilegiada pelo meu trabalho. Essa oportunidade é um presente de Deus”, orgulha-se.

Imagem: Gabriel Rinaldi
Taís abre o guarda-roupa para escolher o que vestir para trabalhar. Entre as centenas de peças, Tufi Duek e Marc Jacobs. No alto, à dir., o gato de estimação, que dorme com ela
Taís abre o guarda-roupa para escolher o que vestir para trabalhar. Entre as centenas de peças, Tufi Duek e Marc Jacobs. No alto, à dir., o gato de estimação, que dorme com ela
Luxo e lixo


Taís*, 23 anos, estudou teatro, fez fotos para um site sensual recentemente – o que inflacionou seu cachê mínimo para R$ 2 mil – e já saiu correndo de um hotel ao encontrar Nicolas, o cliente que agora é atendido por Andressa. “Quando vi aquele obeso deitado na cama, fui embora!”, conta. Ela acaba de terminar um namoro com um cara que sabia sua profissão e aparentemente aceitava. “Mas, na hora das brigas, ele jogava na minha cara”, lamenta. Taís atrasou um encontro com a reportagem da Tpm porque estava fazendo a unha numa quinta-feira à tarde. Ela adora ir com as amigas ao Studio SP, ao Bar Secreto, à Pink Elephant, ao D-Edge e a outras baladinhas frequentadas pela juventude paulistana.


Andressa ficou amiga de Taís quando viajaram juntas para uma cidade serrana em São Paulo, para trabalhar com uma turma de amigos empresários, banqueiros e executivos. Na ocasião, um deles fez questão de assistir a uma performance sexual entre as duas. Esse grupo viaja junto quatro vezes por ano para o interior do Brasil ou para algum lugar da América Latina. Leva sempre duas mulheres para cada homem e fecha os hotéis em que se hospeda, que costumam ser “pequenos e luxuosos” – Andressa e Taís garantem nem ter prestado atenção aos nomes desses lugares. Durante a viagem, todas as meninas têm direito a regalias oferecidas pelo lugar: piscina, ofurô, massagem, spa, comida no quarto, roupão extra...


Esse tipo de viagem, promovido principalmente por milionários estrangeiros, existe aos montes, no mundo inteiro, e é a oportunidade mais cobiçada pelas garotas de luxo. Entre os destinos que se vangloriam de já terem conhecido, Patrícia, Taís e Andressa destacam Salvador, Rio de Janeiro, Milão e Roma (Itália), Ibiza e Madri (Espanha), Saint-Tropez (França) e Caribe.



Saint-Tropez e Gucci

Mas para chegar a esses lugares elas têm que passar por uma seleção – primeiro por fotos, depois pessoalmente – feita por cafetinas, que muitas vezes são ex-garotas de programa que já passaram dos 30 anos. As exigências são objetivas: as garotas têm que ser bonitas, elegantes, animadas, ou seja, estar a fim de diversão. O pagamento, feito por um assistente particular do “gringo”, é em dinheiro.


Patrícia foi uma das escolhidas para ganhar mil euros por dia ao lado de meninas de várias nacionalidades (italianas, inglesas e russas, essas últimas tão requisitadas quanto as brasileiras por serem supostamente bonitas e descontraídas). Numa viagem a Saint-Tropez, sua mala Louis Vuitton viajou cheia de roupas justas, biquínis, calças Diesel e acessórios Gucci – mas sem exagerar na quantidade de cada item, pois a graça do passeio está em fazer compras e ganhar presentes. Levadas por um iate até o balneário francês – um dos points mais frequentados do planeta por jovens ricaços e famosos como Paris Hilton –, as garotas se hospedaram, por um mês, com os clientes, num dos melhores resorts da região. As suítes escolhidas estavam entre as mais caras: cerca de 2.900 euros por dia.


Quanto ao trabalho, elas eram responsáveis por “brincar” com príncipes e sheiks árabes quando eles entravam no mar ou dançar para entretê-los durante a tarde. “Somos tratadas como rainhas”, garante Patrícia, que fez topless e tomou muito champanhe durante o trajeto de barco. “Os estrangeiros dificilmente querem muito sexo, eles gostam é de se exibir com a gente”, conta ela. De vez em quando, surgia uma oportunidade e ela transava com algum dos convidados do barco, o que lhe rendia gorjetas.


Tanto Andressa, que nasceu no interior de Santa Catarina e pensava em ser freira quando criança, quanto Taís, natural de São Paulo, entraram no ramo pela indicação de amigas. No começo, achavam absurdas as histórias que ouviam. Mas vendo que as meninas não repetiam roupa, viajavam e iam a jantares chiques, começaram a questionar a vida convencional que levavam. “Na primeira vez que saí com um cliente fiquei bêbada, o cara teve que cuidar de mim. Levei um susto quando vi aquele bolo de dinheiro. Hoje me sinto pobre se tiver menos que R$ 1 mil na carteira”, conta Patrícia. “No início, eu pensava: ‘Meu Deus, sou uma puta!’. Saía do encontro e vomitava”, lembra Taís. Recentemente, ela recebeu um convite para um teste de elenco de uma peça e anda pensando em mudar de vida. “O problema é que vicia”, confessa.

Quem dá mais?



O vício é no dinheiro que entra rápido. Andressa conta que comprou um imóvel com os R$ 100 mil que juntou em um ano (sem considerar gastos com contas mensais, roupas, baladas, restaurantes e viagens). Mas, para a psicanalista Diana Corso, coautora do livro Fadas no Divã e colunista do jornalZero Hora, não é só uma questão financeira. Ela acredita que toda mulher tem a fantasia de ser “puta”, de transar com vários homens, sem compromisso, e de ter certeza de que é desejada. “A garota de programa tem a garantia de que o cara a deseja, afinal ele está pagando”, analisa ela. O filósofo Luiz Felipe Pondé, colunista da Folha de S.Paulo, completa: “Essas garotas são acompanhantes, bonitas, divertidas, dá para ir ao cinema, jantar. Gostam de sexo, sabem fazer e não vão ligar na casa do cara no dia seguinte”, observa.


Apesar de afirmar nunca ter gozado com um cliente, Andressa diz que às vezes sente prazer. Patrícia, quando questionada se gosta do que faz, responde: “Não é tão mau assim. Melhor que qualquer outro emprego que já tive”.


Mas elas próprias admitem: “O valor mais importante da minha vida é o dinheiro”, diz Andressa, ressaltando que no Dia das Mães poderia comprar o presente que quisesse. Quando falam sobre viagens que fizeram ao exterior, a trabalho ou por lazer, o foco é sempre nas compras. Para elas, a qualidade das coisas é traduzida em cifras: o que é caro é entendido como bom.


Mas ao entrarmos em seus apartamentos alugados, por exemplo, nos Jardins, por R$ 2 mil mensais, encontramos o avesso da ostentação. Enquanto ocupam-se de manter os corpos e seus enfeites atraentes, as paredes descascam, os poucos móveis não combinam e o quarto vive bagunçado. Essas garotas estão sempre repetindo que vão mudar de casa – e de profissão. A impressão que dá é que estão eternamente de passagem.
Texto por Ariane Abdallah e Juliana Menz Fotos Gabriel Rinaldi
Revista TPM


Por Hoje é Só!

Seu amigo Cafeta$ 

* Taís, Andressa, Patrícia, Nicolas, Luciano e Júnior são nomes fictícios, usados para proteger suas reais identidades